MEDULLA S. THOMAE AQUITATIS PER OMNES ANNI LITURGICI DIES DISTRBUITA, SEU MEDITATIONES EX OPERIBUS S. THOMAE DEPROMPTAE
Recopilação e ordenação de
FR. Z. MÉZARD O. P.
OBSERVAÇÃO
Todos os títulos com asterisco contêm material que hoje
não mais se atribui a Santo Tomás de Aquino

14. Terça-feira depois do II domingo da Quaresma: A Paixão de Cristo causou a nossa salvação a modo de mérito
Terça-feira da II Semana da Quaresma
I. A Cristo foi dada a graça, não só como a uma pessoa singular, mas enquanto cabeça da Igreja, de modo que dele redundasse para os membros dela. Por isso as obras de Cristo estão para o mesmo e para as suas obras, assim como estão as obras de um homem constituído em graça para com ele próprio. Ora, é manifesto que quem, constituído em graça, sofre pela justiça, por isso mesmo merece para si a salvação, segundo a Escritura: «Bem aventurados os que adecem perseguição por amor da justiça». Por onde, Cristo, pela sua paixão, mereceu a salvação não somente para si mas também para todos os seus membros. Em verdade, Cristo, desde o princípio da sua concepção, mereceu-nos a salvação eterna. Mas, de nosso lado, certos impedimentos constituíam um obstáculo a conseguirmos o efeito dos méritos precedentes. Por isso, a fim de remover esses impedimentos é que Cristo teve de sofrer.
E ainda que a caridade de Cristo não tenha aumentado mais na Paixão que antes, a Paixão de Cristo teve certo efeito que não tiveram os méritos precedentes; não por causa de uma caridade maior, mas pelo gênero da obra, que era concordante com esse efeito.
III, q. XLVIII, a. I
Os membros e a cabeça pertencem à mesma pessoa. Assim, uma vez que Cristo foi nossa cabeça pela divindade e plenitude de graça, que redunda para os outros, e que nós somos os seus membros, seu mérito não nos é estranho, mas redunda em nós pela unidade do corpo místico.
III Dist. 18, a. VI.
II. Deve-se saber que, apesar de Cristo ter, por sua morte, merecido suficientemente por todo o gênero humano, cada um deve procurar o remédio para sua própria salvação. A morte do Cristo é como uma causa universal de salvação, como o pecado do primeiro homem foi como uma causa universal de danação. Ora, é preciso que a causa universal seja aplicada a cada um especialmente, para que participe do efeito da causa universal.
Ora, o efeito do pecado dos nossos primeiros pais chega a cada indivíduo pela geração carnal; efeito da morte de Cristo, porém, pela regeneração espiritual, em virtude da qual o homem é, de algum modo, unido e incorporado em Cristo. E, por isso, convém que cada um seja regenerado por Cristo, e que receba tudo por que opera a virtude da morte do Cristo.
(P. D. Mézard, O. P., Meditationes ex Operibus S. Thomae.)
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quotingTítulo da obra em latim
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MEDULLA S. THOMAE AQUITATIS PER OMNES ANNI LITURGICI DIES DISTRBUITA, SEU MEDITATIONES EX OPERIBUS S. THOMAE DEPROMPTAE
Recopilação e ordenação de
FR. Z. MÉZARD O. P.
OBSERVAÇÃO
Todos os títulos com asterisco contêm material que hoje
não mais se atribui a Santo Tomás de Aquino
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13. Segunda-feira depois do II domingo da Quaresma: Se foi conveniente que Cristo sofresse da parte dos gentios
Segunda-feira da II Semana da Quaresma
«Entregá-lo-ão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado» (Mt 20, 19)
1. No modo mesmo da paixão de Cristo lhe estava prefigurado o efeito. Assim, o primeiro efeito da morte de Cristo aproveitou aos judeus, muitos dos quais foram batizados na ocasião dessa morte, como se lê na Escritura. Depois, mediante a pregação dos judeus, o efeito da paixão de Cristo o sentiram os gentios. Por onde, foi conveniente que Cristo começasse a sofrer da parte dos judeus e em seguida, entregue por estes, a sua Paixão se consumasse pelas mãos dos gentios.
2. Cristo, para mostrar a abundância da sua caridade, que o levou a sofrer, pediu do alto da cruz perdão pelos seus perseguidores. Por isso, a fim de os frutos dessa petição chegarem aos judeus e aos gentios, quis Cristo sofrer da parte de uns, como de outros.
3. Os sacrifícios figurados da lei antiga não os ofereciam os gentios, mas os judeus. Ora, a Paixão de Cristo foi a oblação de um sacrifício, pois Cristo sofreu a morte movido da caridade, por vontade própria. Mas o sofrimento que lhe infligiram os perseguidores não foi sacrifício, mas pecado gravíssimo.
4. Como pondera Agostinho, quando os judeus disseram «A nós não nos é permitido matar ninguém», entendiam significar que não lhes era lícito matar ninguém por causa da santidade do dia festivo, que já começavam a celebrar. Ou isso diziam, como ensina Crisóstomo, porque queriam matar a Jesus não como transgressor da lei, mas como inimigo público, por se ter feito rei — do que não lhes competia julgar. Ou porque não lhes era lícito crucificá-lo, como desejavam, mas sim lapidar — o que fizeram com Estevão. Ou, melhor é dizer, que pelos Romanos, a quem estavam sujeitos, era-lhes negado o poder de matar.
III, q. XLVII, a. IV
(P. D. Mézard, O. P., Meditationes ex Operibus S. Thomae.)
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