MEDULLA S. THOMAE AQUITATIS PER OMNES ANNI LITURGICI DIES DISTRBUITA, SEU MEDITATIONES EX OPERIBUS S. THOMAE DEPROMPTAE
Recopilação e ordenação de
FR. Z. MÉZARD O. P.
OBSERVAÇÃO
Todos os títulos com asterisco contêm material que hoje
não mais se atribui a Santo Tomás de Aquino

13. Segunda-feira depois do II domingo da Quaresma: Se foi conveniente que Cristo sofresse da parte dos gentios
Segunda-feira da II Semana da Quaresma
«Entregá-lo-ão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado» (Mt 20, 19)
1. No modo mesmo da paixão de Cristo lhe estava prefigurado o efeito. Assim, o primeiro efeito da morte de Cristo aproveitou aos judeus, muitos dos quais foram batizados na ocasião dessa morte, como se lê na Escritura. Depois, mediante a pregação dos judeus, o efeito da paixão de Cristo o sentiram os gentios. Por onde, foi conveniente que Cristo começasse a sofrer da parte dos judeus e em seguida, entregue por estes, a sua Paixão se consumasse pelas mãos dos gentios.
2. Cristo, para mostrar a abundância da sua caridade, que o levou a sofrer, pediu do alto da cruz perdão pelos seus perseguidores. Por isso, a fim de os frutos dessa petição chegarem aos judeus e aos gentios, quis Cristo sofrer da parte de uns, como de outros.
3. Os sacrifícios figurados da lei antiga não os ofereciam os gentios, mas os judeus. Ora, a Paixão de Cristo foi a oblação de um sacrifício, pois Cristo sofreu a morte movido da caridade, por vontade própria. Mas o sofrimento que lhe infligiram os perseguidores não foi sacrifício, mas pecado gravíssimo.
4. Como pondera Agostinho, quando os judeus disseram «A nós não nos é permitido matar ninguém», entendiam significar que não lhes era lícito matar ninguém por causa da santidade do dia festivo, que já começavam a celebrar. Ou isso diziam, como ensina Crisóstomo, porque queriam matar a Jesus não como transgressor da lei, mas como inimigo público, por se ter feito rei — do que não lhes competia julgar. Ou porque não lhes era lícito crucificá-lo, como desejavam, mas sim lapidar — o que fizeram com Estevão. Ou, melhor é dizer, que pelos Romanos, a quem estavam sujeitos, era-lhes negado o poder de matar.
III, q. XLVII, a. IV
(P. D. Mézard, O. P., Meditationes ex Operibus S. Thomae.)
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quotingTítulo da obra em latim
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MEDULLA S. THOMAE AQUITATIS PER OMNES ANNI LITURGICI DIES DISTRBUITA, SEU MEDITATIONES EX OPERIBUS S. THOMAE DEPROMPTAE
Recopilação e ordenação de
FR. Z. MÉZARD O. P.
OBSERVAÇÃO
Todos os títulos com asterisco contêm material que hoje
não mais se atribui a Santo Tomás de Aquino
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12. Segundo domingo da Quaresma: Se Deus Pai entregou Cristo à Paixão
II Domingo da Quaresma
«O que não poupou nem o seu próprio Filho, mas por nós todos o entregou» (Rm 8, 32)
Cristo sofreu voluntariamente, em obediência ao Pai. E de três modos Deus Pai entregou Cristo à paixão:
1º. Conforme sua eterna vontade, determinou a paixão de Cristo para a libertação do gênero humano, de acordo com o que diz Isaías: «O Senhor carregou sobre ele a iniqüidade de todos nós» (Is 53, 6)e «O Senhor quis consumi-lo com sofrimentos» (Is LIII, 10).
2º. Porque lhe inspirou a vontade de sofrer por nós, ao lhe infundir o amor. E na mesma passagem se lê: «Foi oferecido porque ele mesmo quis» (Is LIII, 7).
3º. Por não livrá-lo da paixão, expondo-o a seus perseguidores. Assim, lemos no Evangelho de Mateus que o Senhor, pendente na cruz, dizia: «Deus meu, Deus meu, por que me abandonastes?» (Mt 27, 46), ou seja, porque o expôs ao poder dos que o perseguem.
É ímpio e cruel entregar à paixão e morte um homem inocente, contra a vontade dele. Não foi assim, porém, que Deus Pai entregou Cristo, mas sim por lhe ter inspirado a vontade de sofrer por nós. Nisso se demonstra tanto a severidade de Deus, que não quis perdoar os pecados sem a pena, o que observa o Apóstolo, quando diz: «O que não poupou nem o seu próprio Filho» (Rm 8, 32), como a sua bondade, pois, dado que o homem não podia dar uma satisfação suficiente por meio de alguma pena que sofresse, deu-lhe alguém para cumprir essa satisfação. É o que assinala o Apóstolo ao dizer: «Ele o entregou por nós todos» e a Carta aos Romanos diz: «A quem, ou seja, Cristo, que Deus propôs como vítima de propiciação, em virtude de seu sangue» (Rm 3, 25).
A mesma ação é julgada boa ou má, dependendo das diferentes fontes de que proceda. Assim, foi por amor que o Pai entregou Cristo, e o próprio Cristo se entregou; por isso, ambos são louvados. Judas, porém, o entregou por cobiça. Os judeus, por inveja. E Pilatos, por temor mundano porque temia a César. Por isso, são todos censurados.
III, q. XLVII, a. III
Cristo, porém, não foi devedor da morte por necessidade, mas por caridade para com os homens, por querer a salvação dos homens, e por caridade para com Deus, por querer cumprir a sua vontade, como diz no Evangelho de São Mateus: «Não como eu quero, mas sim como tu queres» (Mt 26, 39).
II, Dist. 20, q. I, a. V
(P. D. Mézard, O. P., Meditationes ex Operibus S. Thomae.)
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