Dante on Nostr: Nós vivemos hoje em um mundo com excesso de intelectualismo, racionalização e ...
Nós vivemos hoje em um mundo com excesso de intelectualismo, racionalização e informações, e isso torna tudo muito mais pesado, por isso concordo com você que é ainda mais importante se afastar, cutivar a solitude e eliminar esses excessos e condicionamentos, compreendendo essas questões com um olhar mais distanciado do tumulto externo e interno.
Mas, nesse passo, vejo que deve também haver um reequilibrio entre a intuição e da racionalização, nem num excesso de plenitude que deixa de ver as partes, nem num excesso de divisão que deixa ver o panorama, até porque somos seres naturalmente construtores, nos satisfazemos pensando, imaginando e criando, precisando do intelecto para isso, embora também somos seres espirituosos, buscamos elevação interior na simplicidade, no ócio, na caminhada e ao observar as coisas de formas mais profundas, precisando da intuição para isso.
O pensamento econômico, por exemplo, é fundamentalmente individualista, mas longe de ser pesado, é necessario. As pessoas produzem e armazenam os resultados para usar depois para si ou para trocar porque é natural de si e precisam sobreviver, assim como outros seres vivos fazem. Mas, a partir do conjunto desses comportamentos de troca de recursos surge o coletivo, o mercado, de forma que não tem como qualquer pessoa prever a ação humana nesse processo, não se conhece o todo, embora possa cooperar pontualmente com o que acredita, pode e sabe fazer.
Já a percepção da amplitude, essência e leveza das coisas, também depende de nós, mas é algo mais íntimo e indireto, pois depende de como as coisas a volta se apresentam a nós, assim como depende do quanto estamos abertos a olhar e interagir, ou seja, também nunca será algo que você tirará a completa compreensão tanto interior como externa, já que cada associação entre as coisas em si e o que você percebe, será sempre diferente. Tudo estará se modificando ao redor, e a sua figura e a sua essência também, permanecendo sempre majoritariamente indefiníveis.
Em relação a singularidade, depende do que você chamar de singular, de único, de "um": A existência, universo, planeta, espécie humana, eu, célula... Todos são raros por serem diferentes e todos geram algo a partir de como são e onde estão, embora nós, seres humanos, não saibemos lidar com tantas coisas ao mesmo tempo e temos a singularidade mais como um sentimento de apreciação da coisa percebida.
O meu ponto com tudo isso é que tudo isso é buscável e treinável, e depende do que nós individualmente decidimos fazer dentre de várias outras coisas e independente da situação a nossa volta: A solitude, a observação, a retirada do que não nos serve, a intuição, o intelecto, o equilíbrio, a construção, a inspiração, a participação, a percepção, a apreciação e etc, pois somos movidos pela nossa consciência e instinto a buscar significância e sentido.
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