PU3OSI on Nostr: Assim, acredito que a tecnologia controlada por pessoas não éticas, ou ainda, sem ...
Assim, acredito que a tecnologia controlada por pessoas não éticas, ou ainda, sem um compromisso moral, é algo perigoso. Mas não consigo depositar humanidade na tecnologia. Como separo humanidade da tecnologia, não vejo como a tecnologia pode ser boa ou moralmente correta, essas são características humanas, mas concordo com você que o controle dela por pessoas maliciosas é problemático. No entanto, os intelectuais que debatem tecnologia parecem concordar que o desenvolvimento tecnológico é um produto que emerge das relações de poder econômico e social. Aquele que detém o poder (meia dúzia de pessoas) é quem autoriza ou proíbe o desenvolvimento tecnológico e determina a direção deste desenvolvimento influenciando as pessoas. O BTC é um bom exemplo, ele é livre, mas as pessoas em maioria só vão usar se o poder do estado regularizar o BTC. Sem a regulamentação, o poder estatal não vai proteger os usuários que ficam fora das garantias da lei. Alguns pouco vão se arriscar, mas a maioria não. Na psicologia social isso pode ser estudado pela perspectiva da luta por reconhecimento.
A questão é que a sociedade se organiza por relações de poder e a tecnologia é um produto desse modelo. A liberdade é paradoxal, o Nostr, por ser livre pode ser invadido por milhares de BOTS se quem possui recurso desejar deixar o Nostr inviável para uso humano. Liberdade e proteção estão em lados opostos, para proteger é necessário privar a liberdade, veja o caso dos spammers. A liberdade é frágil diante do agressor. Aí surge a necessidade de alguém ou instituição com poder para proteger. Percebe a complexidade do problema. Como equilibrar a fragilidade da liberdade com a rigidez do controle? As redes federadas e o Nostr são fundamentos diferentes. O Nostr se preocupou com a posse da identidade e não se preocupou com a liberdade. Já que a liberdade demanda garantias complexas. As redes federadas se preocuparam com a proteção da liberdade privando as pessoas da propriedade da identidade. São problemas diferentes.
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