O radioamadorismo, prática de comunicação por meio de rádio entre entusiastas licenciados, assume um papel crucial na atualidade, especialmente em face de catástrofes naturais e problemas climáticos. Participar na prova para se tornar um radioamador não é apenas uma escolha pessoal, mas uma contribuição valiosa para a segurança pública e a resposta a situações de emergência.
Em primeiro lugar, o rádio se destaca como um meio de comunicação robusto e confiável em cenários adversos. Em momentos de desastres naturais, como furacões, terremotos ou enchentes, as infraestruturas de comunicação convencionais podem ser danificadas ou interrompidas. Nesse contexto, os radioamadores tornam-se uma rede de comunicação resiliente, capaz de conectar comunidades isoladas e fornecer informações vitais para coordenação de resgate e assistência.
Diferentemente das tecnologias digitais, que são centralizadas e cujo cabo rompido ou torre caída pode inviabilizar o acesso aos nossos sistemas de comunicação, isso não ocorre com os radioamadores; cada estação é independente, formando uma rede descentralizada e eficiente mesmo em condições adversas.
Além disso, a atuação dos radioamadores é fundamental para a Defesa Civil. Ao obter a licença de radioamador, indivíduos demonstram não apenas competência técnica, mas também participam de uma rede de apoio. Os radioamadores podem integrar-se às equipes de resposta a emergências, fornecendo uma ponte vital entre as operações no campo e os centros de coordenação. Essa comunicação eficiente facilita a tomada de decisões informadas e o direcionamento ágil de recursos, contribuindo para a eficácia das operações de socorro.
Manter o radioamadorismo ativo é uma estratégia relevante quando a questão é Defesa Civil. Nesse sentido, a Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe, seguindo na mesma direção de outras iniciativas estatais, institui em agosto de 2023 o ‘Dia Estadual do Radioamador’. A data é uma forma de reconhecer a importância da atividade do radioamadorismo, uma prática de manutenção de uma estação de radiocomunicação alternativa, com o objetivo de estabelecer contato com comunidades longínquas ou isoladas e auxiliar às autoridades na propagação de comunicados sobre situações de risco ou calamidades públicas.
O primeiro passo para se tornar um radioamador é obter uma licença de transmissão, prestando uma prova de ética e legislação. Após ser aprovado, você recebe uma identificação e ingressa no universo do radioamadorismo. Ao participar, vai adquirindo competência técnica e organizacional para responder em equipe no caso de catástrofes, mesmo que os sistemas centralizados de comunicação deixem de funcionar.
Na atualidade, ser um radioamador é uma atividade de baixo custo; existem rádios mais baratos que os celulares básicos. Ao ingressar, você estará fortalecendo essa rede de apoio descentralizada.
Se você ainda não é um radioamador, considere participar!
Veja aqui como ingressar.