O caso de sequestro e extorsão em São Paulo, que chocou a cidade nos últimos dias, teve um desfecho surpreendente com a prisão de um policial militar reformado. O empresário espanhol Rodrigo Pérez Aristi Sá, de 25 anos, foi sequestrado na última segunda-feira, 24 de março, no bairro do Ipiranga, na zona sul da capital paulista. Dois homens, disfarçados de policiais civis, o abordaram e o obrigaram a entrar em uma caminhonete.
Rodrigo foi levado para um cativeiro em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, onde passou os dias seguintes sob o controle dos sequestradores. Durante o cativeiro, ele foi forçado a transferir US$ 50 milhões em criptomoedas para os criminosos. Para manter Rodrigo desorientado e evitar que ele reagisse ou fugisse, os sequestradores o sedavam com medicamentos.
Em um momento de descuido dos criminosos, Rodrigo teve a chance de escapar. Ele conseguiu fazer um dos sequestradores ingerir o próprio remédio e, enquanto o criminoso dormia, fugiu do cativeiro. Desesperado, ele buscou ajuda em um bar próximo e conseguiu contatar a PolÃcia Militar.
Após o contato de Rodrigo, as autoridades iniciaram uma investigação e, no sábado, 29 de março, prenderam um policial militar reformado, apontado como o lÃder do esquema criminoso. Durante a operação, a polÃcia apreendeu uma espingarda calibre 12, munições e algemas, que podem ter sido usadas no crime.
A investigação ainda está em andamento e muitos detalhes sobre o caso ainda não foram revelados. As autoridades ainda não divulgaram informações sobre quais tipos de criptomoedas foram transferidas, onde os ativos digitais estavam armazenados e quais endereços de carteira foram utilizados pelos sequestradores.
O caso destaca a crescente preocupação com a segurança em relação ao uso de criptomoedas e demonstra a necessidade de medidas para combater crimes relacionados a essas moedas digitais.