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2023-07-13 15:56:41

paulomatheus on Nostr: Pelo direito de ser racista, fascista, machista e homofóbico Por Wagner Hertzog Pela ...

Pelo direito de ser racista, fascista, machista e homofóbico
Por Wagner Hertzog Pela liberdade de expressão



Sem dúvida, a escalada autoritária do totalitarismo cultural progressista nos últimos anos tem sido sumariamente deletéria e prejudicial para a liberdade de expressão. Como seria de se esperar, a cada dia que passa o autoritarismo progressista continua a se expandir de maneira irrefreável, prejudicando a liberdade dos indivíduos de formas cada vez mais deploráveis e contundentes.

Com a ascensão da tirania politicamente correta e sua invasão a todos os terrenos culturais, o autoritarismo progressista foi se alastrando e consolidando sua hegemonia em determinados segmentos. Com a eventual eclosão e a expansão da opressiva e despótica cultura do cancelamento — uma progênie inevitável do totalitarismo progressista —, todas as pessoas que manifestam opiniões, crenças ou posicionamentos que não estão alinhados com as pautas universitárias da moda tornam-se um alvo.

Há algumas semanas, vimos a enorme repercussão causada pelo caso envolvendo o jogador profissional de vôlei Maurício Sousa, que foi cancelado pelo simples fato de ter emitido sua opinião pessoal sobre um personagem de história em quadrinhos, Jon Kent, o novo Superman, que é bissexual. Maurício Sousa reprovou a conduta sexual do personagem, o que é um direito pessoal inalienável que ele tem. Ele não é obrigado a gostar ou aprovar a bissexualidade. Como qualquer pessoa, ele tem o direito pleno de criticar tudo aquilo que ele não gosta. No entanto, pelo simples fato de emitir a sua opinião pessoal, Maurício Sousa foi acusado de homofobia e teve seu contrato rescindido, sendo desligado do Minas Tênis Clube.

Lamentavelmente, Maurício Sousa não foi o primeiro e nem será o último indivíduo a sofrer com a opressiva e autoritária cultura do cancelamento. Como uma tirania cultural que está em plena ascensão e usufrui de um amplo apoio do establishment, essa nova forma de totalitarismo cultural colorido e festivo está se impondo de formas e maneiras bastante contundentes em praticamente todas as esferas da sociedade contemporânea. Sua intenção é relegar ao ostracismo todos aqueles que não se curvam ao totalitarismo progressista, criminalizando opiniões e crenças que divergem do culto à libertinagem hedonista pós-moderna. Oculto por trás de todo esse ativismo autoritário, o que temos de fato é uma profunda hostilidade por padrões morais tradicionalistas, cristãos e conservadores.

No entanto, é fundamental entendermos uma questão imperativa, que explica em partes o conflito aqui criado — todos os progressistas contemporâneos são crias oriundas do direito positivo. Por essa razão, eles jamais entenderão de forma pragmática e objetiva conceitos como criminalidade, direitos de propriedade, agressão e liberdade de expressão pela perspectiva do jusnaturalismo, que é manifestamente o direito em seu estado mais puro, correto, ético e equilibrado.

Pela ótica jusnaturalista, uma opinião é uma opinião. Ponto final. E absolutamente ninguém deve ser preso, cancelado, sabotado ou boicotado por expressar uma opinião particular sobre qualquer assunto. Palavras não agridem ninguém, portanto jamais poderiam ser consideradas um crime em si. Apenas deveriam ser tipificados como crimes agressões de caráter objetivo, como roubo, sequestro, fraude, extorsão, estupro e infrações similares, que representam uma ameaça direta à integridade física da vítima, ou que busquem subtrair alguma posse empregando a violência.

Infelizmente, a geração floquinho de neve — terrivelmente histérica, egocêntrica e sensível — fica profundamente ofendida e consternada sempre que alguém defende posicionamentos contrários à religião progressista. Por essa razão, os guerreiros da justiça social sinceramente acreditam que o papai-estado deve censurar todas as opiniões que eles não gostam de ouvir, assim como deve também criar leis para encarcerar todos aqueles que falam ou escrevem coisas que desagradam a militância.

Como a geração floquinho de neve foi criada para acreditar que todas as suas vontades pessoais e disposições ideológicas devem ser sumariamente atendidas pelo papai-estado, eles embarcaram em uma cruzada moral que pretende erradicar todas as coisas que são ofensivas à ideologia progressista; só assim eles poderão deflagrar na Terra o seu tão sonhado paraíso hedonista e igualitário, de inimaginável esplendor e felicidade.

Em virtude do seu comportamento intrinsecamente despótico, autoritário e egocêntrico, acaba sendo inevitável que militantes progressistas problematizem tudo aquilo que os desagrada.

Como são criaturas inúteis destituídas de ocupação real e verdadeiro sentido na vida, sendo oprimidas unicamente na sua própria imaginação, militantes progressistas precisam constantemente inventar novos vilões para serem combatidos.

Partindo dessa perspectiva, é natural para a militância que absolutamente tudo que exista no mundo e que não se enquadra com as regras autoritárias e restritivas da religião progressista seja encarado como um problema. Para a geração floquinho de neve, o capitalismo é um problema. O fascismo é um problema. A iniciativa privada é um problema. O homem branco, tradicionalista, conservador e heterossexual é um problema. A desigualdade é um problema. A liberdade é um problema. Monteiro Lobato é um problema (sim, até mesmo o renomado ícone da literatura brasileira, autor — entre outros títulos — de Urupês, foi vítima da cultura do cancelamento, acusado de ser racista e eugenista).

Para a esquerda, praticamente tudo é um problema. Na mentalidade da militância progressista, tudo é motivo para reclamação. Foi em função desse comportamento histérico, histriônico e infantil que o famoso pensador conservador-libertário americano P. J. O’Rourke afirmou que “o esquerdismo é uma filosofia de pirralhos chorões”. O que é uma verdade absoluta e irrefutável em todos os sentidos.

De fato, todas as filosofias de esquerda de forma geral são idealizações utópicas e infantis de um mundo perfeito. Enquanto o mundo não se transformar naquela colorida e vibrante utopia que é apresentada pela cartilha socialista padrão, militantes continuarão a reclamar contra tudo o que existe no mundo de forma agressiva, visceral e beligerante. Evidentemente, eles não vão fazer absolutamente nada de positivo ou construtivo para que o mundo se transforme no gracioso paraíso que eles tanto desejam ver consolidado, mas eles continuarão a berrar e vociferar muito em sua busca incessante pela utopia, marcando presença em passeatas inúteis ou combatendo o fascismo imaginário nas redes sociais.

Sem dúvida, estamos muito perto de ver leis absurdas e estúpidas sendo implementadas, para agradar a militância da terra colorida do assistencialismo eterno onde nada é escasso e tudo cai do céu. Em breve, você não poderá usar calças pretas, pois elas serão consideradas peças de vestuário excessivamente heterossexuais. Apenas calças amarelas ou coloridas serão permitidas. Você também terá que tingir de cor-de-rosa uma mecha do seu cabelo; pois preservar o seu cabelo na sua cor natural é heteronormativo demais da sua parte, sendo portanto um componente demasiadamente opressor da sociedade.

Você também não poderá ver filmes de guerra ou de ação, apenas comédias românticas, pois certos gêneros de filmes exaltam a violência do patriarcado e isso impede o mundo de se tornar uma graciosa festa colorida de fraternidades universitárias ungidas por pôneis resplandecentes, hedonismo infinito, vadiagem universitária e autogratificação psicodélica, que certamente são elementos indispensáveis para se produzir o paraíso na Terra.

Sabemos perfeitamente, no entanto, que dentre as atitudes “opressivas” que a militância progressista mais se empenha em combater, estão o racismo, o fascismo, o machismo e a homofobia. No entanto, é fundamental entender que ser racista, fascista, machista ou homofóbico não são crimes em si. Na prática, todos esses elementos são apenas traços de personalidade; e eles não podem ser pura e simplesmente criminalizados porque ideólogos e militantes progressistas iluminados não gostam deles.

Tanto pela ética quanto pela ótica jusnaturalista, é facilmente compreensível entender que esses traços de personalidade não podem ser criminalizados ou proibidos simplesmente porque integrantes de uma ideologia não tem nenhuma apreciação ou simpatia por eles. Da mesma forma, nenhum desses traços de personalidade representa em si um perigo para a sociedade, pelo simples fato de existir. Por incrível que pareça, até mesmo o machismo, o racismo, o fascismo e a homofobia merecem a devida apologia.

Mas vamos analisar cada um desses tópicos separadamente para entender isso melhor.

Racismo

Quando falamos no Japão, normalmente não fazemos nenhuma associação da sociedade japonesa com o racismo. No entanto, é incontestável o fato de que a sociedade japonesa pode ser considerada uma das sociedades mais racistas do mundo. E a verdade é que não há absolutamente nada de errado com isso.

Aproximadamente 97% da população do Japão é nativa; apenas 3% do componente populacional é constituído por estrangeiros (a população do Japão é estimada em aproximadamente 126 milhões de habitantes). Isso faz a sociedade japonesa ser uma das mais homogêneas do mundo. As autoridades japonesas reconhecidamente dificultam processos de seleção e aplicação a estrangeiros que desejam se tornar residentes. E a maioria dos japoneses aprova essa decisão.

Diversos estabelecimentos comerciais como hotéis, bares e restaurantes por todo o país tem placas na entrada que dizem “somente para japoneses” e a maioria destes estabelecimentos se recusa ostensivamente a atender ou aceitar clientes estrangeiros, não importa quão ricos ou abastados sejam.

Na Terra do Sol Nascente, a hostilidade e a desconfiança natural para com estrangeiros é tão grande que até mesmo indivíduos que nascem em algum outro país, mas são filhos de pais japoneses, não são considerados cidadãos plenamente japoneses.

Se estes indivíduos decidem sair do seu país de origem para se estabelecer no Japão — mesmo tendo descendência nipônica legítima e inquestionável —, eles enfrentarão uma discriminação social considerável, especialmente se não dominarem o idioma japonês de forma impecável. Esse fato mostra que a discriminação é uma parte tão indissociável quanto elementar da sociedade japonesa, e ela está tão profundamente arraigada à cultura nipônica que é praticamente impossível alterá-la ou atenuá-la por qualquer motivo.

A verdade é que — quando falamos de um país como o Japão — nem todos os discursos politicamente corretos do mundo, nem a histeria progressista ocidental mais inflamada poderão algum dia modificar, extirpar ou sequer atenuar o componente racista da cultura nipônica. E isso é consequência de uma questão tão simples quanto primordial: discriminar faz parte da natureza humana, sendo tanto um direito individual quanto um elemento cultural inerente à muitas nações do mundo. Os japoneses não tem problema algum em admitir ou institucionalizar o seu preconceito, justamente pelo fato de que a ideologia politicamente correta não tem no oriente a força e a presença que tem no ocidente.

E é fundamental enfatizar que, sendo de natureza pacífica — ou seja, não violando nem agredindo terceiros —, a discriminação é um recurso natural dos seres humanos, que está diretamente associada a questões como familiaridade e segurança.

Absolutamente ninguém deve ser forçado a apreciar ou integrar-se a raças, etnias, pessoas ou tribos que não lhe transmitem sentimentos de segurança ou familiaridade. Integração forçada é o verdadeiro crime, e isso diversos países europeus — principalmente os escandinavos (países que lideram o ranking de submissão à ideologia politicamente correta) — aprenderam da pior forma possível.

A integração forçada com imigrantes islâmicos resultou em ondas de assassinato, estupro e violência inimagináveis para diversos países europeus, até então civilizados, que a imprensa ocidental politicamente correta e a militância progressista estão permanentemente tentando esconder, porque não desejam que o ocidente descubra como a agenda “humanitária” de integração forçada dos povos muçulmanos em países do Velho Mundo resultou em algumas das piores chacinas e tragédias na história recente da Europa.

Ou seja, ao discriminarem estrangeiros, os japoneses estão apenas se protegendo e lutando para preservar sua nação como um ambiente cultural, étnico e social que lhe é seguro e familiar, assim se opondo a mudanças bruscas, indesejadas e antinaturais, que poderiam comprometer a estabilidade social do país.

A discriminação — sendo de natureza pacífica —, é benévola, salutar e indubitavelmente ajuda a manter a estabilidade social da comunidade. Toda e qualquer forma de integração forçada deve ser repudiada com veemência, pois, mais cedo ou mais tarde, ela irá subverter a ordem social vigente, e sempre será acompanhada de deploráveis e dramáticos resultados.

Para citar novamente os países escandinavos, a Suécia é um excelente exemplo do que não fazer. Tendo seguido o caminho contrário ao da discriminação racional praticada pela sociedade japonesa, atualmente a sociedade sueca — além de afundar de forma consistente na lama da libertinagem, da decadência e da deterioração progressista — sofre em demasia com os imigrantes muçulmanos, que foram deixados praticamente livres para matar, saquear, esquartejar e estuprar quem eles quiserem. Hoje, eles são praticamente intocáveis, visto que denunciá-los, desmoralizá-los ou acusá-los de qualquer crime é uma atitude politicamente incorreta e altamente reprovada pelo establishment progressista. A elite socialista sueca jamais se atreve a acusá-los de qualquer crime, pois temem ser classificados como xenófobos e intolerantes. Ou seja, a desgraça da Europa, sobretudo dos países escandinavos, foi não ter oferecido nenhuma resistência à ideologia progressista politicamente correta. Hoje, eles são totalmente submissos a ela.

O exemplo do Japão mostra, portanto — para além de qualquer dúvida —, a importância ética e prática da discriminação, que é perfeitamente aceitável e natural, sendo uma tendência inerente aos seres humanos, e portanto intrínseca a determinados comportamentos, sociedades e culturas.

Indo ainda mais longe nessa questão, devemos entender que na verdade todos nós discriminamos, e não existe absolutamente nada de errado nisso. Discriminar pessoas faz parte da natureza humana e quem se recusa a admitir esse fato é um hipócrita. Mulheres discriminam homens na hora de selecionar um parceiro; elas avaliam diversos quesitos, como altura, aparência, status social, condição financeira e carisma. E dentre suas opções, elas sempre escolherão o homem mais atraente, másculo e viril, em detrimento de todos os baixinhos, calvos, carentes, frágeis e inibidos que possam estar disponíveis. Da mesma forma, homens sempre terão preferência por mulheres jovens, atraentes e delicadas, em detrimento de todas as feministas de meia-idade, acima do peso, de cabelo pintado, que são mães solteiras e militantes socialistas. A própria militância progressista discrimina pessoas de forma virulenta e intransigente, como fica evidente no tratamento que dispensam a mulheres bolsonaristas e a negros de direita.

A verdade é que — não importa o nível de histeria da militância progressista — a discriminação é inerente à condição humana e um direito natural inalienável de todos. É parte indissociável da natureza humana e qualquer pessoa pode e deve exercer esse direito sempre que desejar. Não existe absolutamente nada de errado em discriminar pessoas. O problema real é a ideologia progressista e o autoritarismo politicamente correto, movimentos tirânicos que não respeitam o direito das pessoas de discriminar.

Fascismo

Quando falamos de fascismo, precisamos entender que, para a esquerda política, o fascismo é compreendido como um conceito completamente divorciado do seu significado original. Para um militante de esquerda, fascista é todo aquele que defende posicionamentos contrários ao progressismo, não se referindo necessariamente a um fascista clássico.

Mas, seja como for, é necessário entender que — como qualquer ideologia política — até mesmo o fascismo clássico tem o direito de existir e ocupar o seu devido lugar; portanto, fascistas não devem ser arbitrariamente censurados, apesar de defenderem conceitos que representam uma completa antítese de tudo aquilo que é valioso para os entusiastas da liberdade.

Em um país como o Brasil, onde socialistas e comunistas tem total liberdade para se expressar, defender suas ideologias e até mesmo formar partidos políticos, não faz absolutamente o menor sentido que fascistas — e até mesmo nazistas assumidos — sofram qualquer tipo de discriminação. Embora socialistas e comunistas se sintam moralmente superiores aos fascistas (ou a qualquer outra filosofia política ou escola de pensamento), sabemos perfeitamente que o seu senso de superioridade é fruto de uma pueril romantização universitária da sua própria ideologia. A história mostra efetivamente que o socialismo clássico e o comunismo causaram muito mais destruição do que o fascismo.

Portanto, se socialistas e comunistas tem total liberdade para se expressar, não existe a menor razão para que fascistas não usufruam dessa mesma liberdade.

É claro, nesse ponto, seremos invariavelmente confrontados por um oportuno dilema — o famoso paradoxo da intolerância, de Karl Popper. Até que ponto uma sociedade livre e tolerante deve tolerar a intolerância (inerente a ideologias totalitárias)?

As leis de propriedade privada resolveriam isso em uma sociedade livre. O mais importante a levarmos em consideração no atual contexto, no entanto — ao defender ou criticar uma determinada ideologia, filosofia ou escola de pensamento —, é entender que, seja ela qual for, ela tem o direito de existir. E todas as pessoas que a defendem tem o direito de defendê-la, da mesma maneira que todos os seus detratores tem o direito de criticá-la.

Essa é uma forte razão para jamais apoiarmos a censura. Muito pelo contrário, devemos repudiar com veemência e intransigência toda e qualquer forma de censura, especialmente a estatal.

Existem duas fortes razões para isso:

A primeira delas é a volatilidade da censura (especialmente a estatal). A censura oficial do governo, depois que é implementada, torna-se absolutamente incontrolável. Hoje, ela pode estar apontada para um grupo de pessoas cujas ideias divergem das suas. Mas amanhã, ela pode estar apontada justamente para as ideias que você defende. É fundamental, portanto, compreendermos que a censura estatal é incontrolável. Sob qualquer ponto de vista, é muito mais vantajoso que exista uma vasta pluralidade de ideias conflitantes na sociedade competindo entre si, do que o estado decidir que ideias podem ser difundidas ou não.

Além do mais, libertários e anarcocapitalistas não podem nunca esperar qualquer tipo de simpatia por parte das autoridades governamentais. Para o estado, seria infinitamente mais prático e vantajoso criminalizar o libertarianismo e o anarcocapitalismo — sob a alegação de que são filosofias perigosas difundidas por extremistas radicais que ameaçam o estado democrático de direito — do que o fascismo ou qualquer outra ideologia centralizada em governos burocráticos e onipotentes. Portanto, defender a censura, especialmente a estatal, representa sempre um perigo para o próprio indivíduo, que mais cedo ou mais tarde poderá ver a censura oficial do sistema se voltar contra ele.

Outra razão pela qual libertários jamais devem defender a censura, é porque — ao contrário dos estatistas — não é coerente que defensores da liberdade se comportem como se o estado fosse o seu papai e o governo fosse a sua mamãe. Não devemos terceirizar nossas próprias responsabilidades, tampouco devemos nos comportar como adultos infantilizados. Assumimos a responsabilidade de combater todas as ideologias e filosofias que agridem a liberdade e os seres humanos. Não procuramos políticos ou burocratas para executar essa tarefa por nós.

Portanto, se você ver um fascista sendo censurado nas redes sociais ou em qualquer outro lugar, assuma suas dores. Sinta-se compelido a defendê-lo, mostre aos seus detratores que ele tem todo direito de se expressar, como qualquer pessoa. Você não tem obrigação de concordar com ele ou apreciar as ideias que ele defende. Mas silenciar arbitrariamente qualquer pessoa não é uma pauta que honra a liberdade.

Se você não gosta de estado, planejamento central, burocracia, impostos, tarifas, políticas coletivistas, nacionalistas e desenvolvimentistas, mostre com argumentos coesos e convincentes porque a liberdade e o livre mercado são superiores a todos esses conceitos. Mas repudie a censura com intransigência e mordacidade.

Em primeiro lugar, porque você aprecia e defende a liberdade de expressão para todas as pessoas. E em segundo lugar, por entender perfeitamente que — se a censura eventualmente se tornar uma política de estado vigente entre a sociedade — é mais provável que ela atinja primeiro os defensores da liberdade do que os defensores do estado.

Machismo

Muitos elementos do comportamento masculino que hoje são atacados com virulência e considerados machistas pelo movimento progressista são na verdade manifestações naturais intrínsecas ao homem, que nossos avôs cultivaram ao longo de suas vidas sem serem recriminados por isso. Com a ascensão do feminismo, do progressismo e a eventual problematização do sexo masculino, o antagonismo militante dos principais líderes da revolução sexual da contracultura passou a naturalmente condenar todos os atributos genuinamente masculinos, por considerá-los símbolos de opressão e dominação social.

Apesar do Brasil ser uma sociedade liberal ultra-progressista, onde o estado protege mais as mulheres do que as crianças — afinal, a cada semana novas leis são implementadas concedendo inúmeros privilégios e benefícios às mulheres, aos quais elas jamais teriam direito em uma sociedade genuinamente machista e patriarcal —, a esquerda política persiste em tentar difundir a fantasia da opressão masculina e o mito de que vivemos em uma sociedade machista e patriarcal.

Como sempre, a realidade mostra um cenário muito diferente daquilo que é pregado pela militância da terra da fantasia. O Brasil atual não tem absolutamente nada de machista ou patriarcal. No Brasil, mulheres podem votar, podem ocupar posições de poder e autoridade tanto na esfera pública quanto em companhias privadas, podem se candidatar a cargos políticos, podem ser vereadoras, deputadas, governadoras, podem ser proprietárias do próprio negócio, podem se divorciar, podem dirigir, podem comprar armas, podem andar de biquíni nas praias, podem usar saias extremamente curtas, podem ver programas de televisão sobre sexo voltados única e exclusivamente para o público feminino, podem se casar com outras mulheres, podem ser promíscuas, podem consumir bebidas alcoólicas ao ponto da embriaguez, e podem fazer praticamente tudo aquilo que elas desejarem. No Brasil do século XXI, as mulheres são genuinamente livres para fazer as próprias escolhas em praticamente todos os aspectos de suas vidas. O que mostra efetivamente que a tal opressão do patriarcado não existe.

O liberalismo social extremo do qual as mulheres usufruem no Brasil atual — e que poderíamos estender a toda a sociedade contemporânea ocidental — é suficiente para desmantelar completamente a fábula feminista da sociedade patriarcal machista e opressora, que existe única e exclusivamente no mundinho de fantasias ideológicas da esquerda progressista.

Tão importante quanto, é fundamental compreender que nenhum homem é obrigado a levar o feminismo a sério ou considerá-lo um movimento social e político legítimo. Para um homem, ser considerado machista ou até mesmo assumir-se como um não deveria ser um problema. O progressismo e o feminismo — com o seu nefasto hábito de demonizar os homens, bem como todos os elementos inerentes ao comportamento e a cultura masculina — é que são o verdadeiro problema, conforme tentam modificar o homem para transformá-lo em algo que ele não é nem deveria ser: uma criatura dócil, passiva e submissa, que é comandada por ideologias hostis e antinaturais, que não respeitam a hierarquia de uma ordem social milenar e condições inerentes à própria natureza humana. Com o seu hábito de tentar modificar tudo através de leis e decretos, o feminismo e o progressismo mostram efetivamente que o seu real objetivo é criminalizar a masculinidade.

A verdade é que — usufruindo de um nível elevado de liberdades — não existe praticamente nada que a mulher brasileira do século XXI não possa fazer. Adicionalmente, o governo dá as mulheres uma quantidade tão avassaladora de vantagens, privilégios e benefícios, que está ficando cada vez mais difícil para elas encontrarem razões válidas para reclamarem da vida. Se o projeto de lei que pretende fornecer um auxílio mensal de mil e duzentos reais para mães solteiras for aprovado pelo senado, muitas mulheres que tem filhos não precisarão nem mesmo trabalhar para ter sustento. E tantas outras procurarão engravidar, para ter direito a receber uma mesada mensal do governo até o seu filho completar a maioridade.

O que a militância colorida da terra da fantasia convenientemente ignora — pois a realidade nunca corresponde ao seu conto de fadas ideológico — é que o mundo de uma forma geral continua sendo muito mais implacável com os homens do que é com as mulheres. No Brasil, a esmagadora maioria dos suicídios é praticada por homens, a maioria das vítimas de homicídio são homens e de cada quatro moradores de rua, três são homens. Mas é evidente que uma sociedade liberal ultra-progressista não se importa com os homens, pois ela não é influenciada por fatos concretos ou pela realidade. Seu objetivo é simplesmente atender as disposições de uma agenda ideológica, não importa quão divorciadas da realidade elas são.

O nível exacerbado de liberdades sociais e privilégios governamentais dos quais as mulheres brasileiras usufruem é suficiente para destruir a fantasiosa fábula da sociedade machista, opressora e patriarcal. Se as mulheres brasileiras não estão felizes, a culpa definitivamente não é dos homens. Se a vasta profusão de liberdades, privilégios e benefícios da sociedade ocidental não as deixa plenamente saciadas e satisfeitas, elas podem sempre mudar de ares e tentar uma vida mais abnegada e espartana em países como Irã, Paquistão ou Afeganistão. Quem sabe assim elas não se sentirão melhores e mais realizadas?

Homofobia

Quando falamos em homofobia, entramos em uma categoria muito parecida com a do racismo: o direito de discriminação é totalmente válido. Absolutamente ninguém deve ser obrigado a aceitar homossexuais ou considerar o homossexualismo como algo normal. Sendo cristão, não existe nem sequer a mais vaga possibilidade de que algum dia eu venha a aceitar o homossexualismo como algo natural. O homossexualismo se qualifica como um grave desvio de conduta e um pecado contra o Criador.

A Bíblia proíbe terminantemente conduta sexual imoral, o que — além do homossexualismo — inclui adultério, fornicação, incesto e bestialidade, entre outras formas igualmente pérfidas de degradação.

Segue abaixo três passagens bíblicas que proíbem terminantemente a conduta homossexual:

“Não te deitarás com um homem como se deita com uma mulher. Isso é abominável!” (Levítico 18:22 — King James Atualizada)

“Se um homem se deitar com outro homem, como se deita com mulher, ambos terão praticado abominação; certamente serão mortos; o seu sangue estará sobre eles.” (Levítico 20:13 — João Ferreira de Almeida Atualizada)

“O quê! Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não sejais desencaminhados. Nem fornicadores, nem idólatras, nem adúlteros, nem homens mantidos para propósitos desnaturais, nem homens que se deitam com homens, nem ladrões, nem gananciosos, nem beberrões, nem injuriadores, nem extorsores herdarão o reino de Deus.” (1 Coríntios 6:9,10 —Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências)

Se você não é religioso, pode simplesmente levar em consideração o argumento do respeito pela ordem natural. A ordem natural é incondicional e incisiva com relação a uma questão: o complemento de tudo o que existe é o seu oposto, não o seu igual. O complemento do dia é a noite, o complemento da luz é a escuridão, o complemento da água, que é líquida, é a terra, que é sólida. E como sabemos o complemento do macho — de sua respectiva espécie — é a fêmea.

Portanto, o complemento do homem, o macho da espécie humana, é naturalmente a mulher, a fêmea da espécie humana. Um homem e uma mulher podem naturalmente se reproduzir, porque são um complemento biológico natural. Por outro lado, um homem e outro homem são incapazes de se reproduzir, assim como uma mulher e outra mulher.

Infelizmente, o mundo atual está longe de aceitar como plenamente estabelecida a ordem natural pelo simples fato dela existir, visto que tentam subvertê-la a qualquer custo, não importa o malabarismo intelectual que tenham que fazer para justificar os seus pontos de vista distorcidos e antinaturais. A libertinagem irrefreável e a imoralidade bestial do mundo contemporâneo pós-moderno não reconhecem nenhum tipo de limite. Quem tenta restabelecer princípios morais salutares é imediatamente considerado um vilão retrógrado e repressivo, sendo ativamente demonizado pela militância do hedonismo, da luxúria e da licenciosidade desenfreada e sem limites.

Definitivamente, fazer a apologia da moralidade, do autocontrole e do autodomínio não faz nenhum sucesso na Sodoma e Gomorra global dos dias atuais. O que faz sucesso é lacração, devassidão, promiscuidade e prazeres carnais vazios. O famoso escritor e filósofo francês Albert Camus expressou uma verdade contundente quando disse: “Uma só frase lhe bastará para definir o homem moderno — fornicava e lia jornais”.

Qualquer indivíduo tem o direito inalienável de discriminar ativamente homossexuais, pelo direito que ele julgar mais pertinente no seu caso. A objeção de consciência para qualquer situação é um direito natural dos indivíduos. Há alguns anos, um caso que aconteceu nos Estados Unidos ganhou enorme repercussão internacional, quando o confeiteiro Jack Phillips se recusou a fazer um bolo de casamento para o “casal” homossexual Dave Mullins e Charlie Craig.

Uma representação dos direitos civis do estado do Colorado abriu um inquérito contra o confeiteiro, alegando que ele deveria ser obrigado a atender todos os clientes, independente da orientação sexual, raça ou crença. Preste atenção nas palavras usadas — ele deveria ser obrigado a atender.

Como se recusou bravamente a ceder, o caso foi parar invariavelmente na Suprema Corte, que decidiu por sete a dois em favor de Jack Phillips, sob a alegação de que obrigar o confeiteiro a atender o “casal” homossexual era uma violação nefasta dos seus princípios religiosos. Felizmente, esse foi um caso em que a liberdade prevaleceu sobre a tirania progressista.

Evidentemente, homossexuais não devem ser agredidos, ofendidos, internados em clínicas contra a sua vontade, nem devem ser constrangidos em suas liberdades pelo fato de serem homossexuais. O que eles precisam entender é que a liberdade é uma via de mão dupla. Eles podem ter liberdade para adotar a conduta que desejarem e fazer o que quiserem (contanto que não agridam ninguém), mas da mesma forma, é fundamental respeitar e preservar a liberdade de terceiros que desejam rejeitá-los pacificamente, pelo motivo que for.

Afinal, ninguém tem a menor obrigação de aceitá-los, atendê-los ou sequer pensar que uma união estável entre duas pessoas do mesmo sexo — incapaz de gerar descendentes, e, portanto, antinatural — deva ser considerado um matrimônio de verdade. Absolutamente nenhuma pessoa, ideia, movimento, crença ou ideologia usufrui de plena unanimidade no mundo. Por que o homossexualismo deveria ter tal privilégio?

Homossexuais não são portadores de uma verdade definitiva, absoluta e indiscutível, que está acima da humanidade. São seres humanos comuns que — na melhor das hipóteses —, levam um estilo de vida que pode ser considerado “alternativo”, e absolutamente ninguém tem a obrigação de considerar esse estilo de vida normal ou aceitável. A única obrigação das pessoas é não interferir, e isso não implica uma obrigação em aceitar.

Discriminar homossexuais (assim como pessoas de qualquer outro grupo, raça, religião, nacionalidade ou etnia) é um direito natural por parte de todos aqueles que desejam exercer esse direito. E isso nem o direito positivo nem a militância progressista poderão algum dia alterar ou subverter. O direito natural e a inclinação inerente dos seres humanos em atender às suas próprias disposições é simplesmente imutável e faz parte do seu conjunto de necessidades.

Conclusão

A militância progressista é absurdamente autoritária, e todas as suas estratégias e disposições ideológicas mostram que ela está em uma guerra permanente contra a ordem natural, contra a liberdade e principalmente contra o homem branco, cristão, conservador e tradicionalista — possivelmente, aquilo que ela mais odeia e despreza.

Nós não podemos, no entanto, ceder ou dar espaço para a agenda progressista, tampouco pensar em considerar como sendo normais todas as pautas abusivas e tirânicas que a militância pretende estabelecer como sendo perfeitamente razoáveis e aceitáveis, quer a sociedade aceite isso ou não. Afinal, conforme formos cedendo, o progressismo tirânico e totalitário tende a ganhar cada vez mais espaço.

Quanto mais espaço o progressismo conquistar, mais corroída será a liberdade e mais impulso ganhará o totalitarismo. Com isso, a cultura do cancelamento vai acabar com carreiras, profissões e com o sustento de muitas pessoas, pelo simples fato de que elas discordam das pautas universitárias da moda.

A história mostra perfeitamente que quanto mais liberdade uma sociedade tem, mais progresso ela atinge. Por outro lado, quanto mais autoritária ela for, mais retrocessos ela sofrerá. O autoritarismo se combate com liberdade, desafiando as pautas de todos aqueles que persistem em implementar a tirania na sociedade. O politicamente correto é o nazismo dos costumes, que pretende subverter a moral através de uma cultura de vigilância policial despótica e autoritária, para que toda a sociedade seja subjugada pela agenda totalitária progressista.

Pois quanto a nós, precisamos continuar travando o bom combate em nome da liberdade. E isso inclui reconhecer que ideologias, hábitos e costumes de que não gostamos tem o direito de existir e até mesmo de serem defendidos.
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