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2023-11-20 22:35:57

Petra Veritatis on Nostr: MEDITAÇÕES PARA O TEMPO COMUM DEPOIS DE PENTECOSTES - OS NOVÍSSIMOS - 20 DE ...

MEDITAÇÕES PARA O TEMPO COMUM DEPOIS DE PENTECOSTES
- OS NOVÍSSIMOS -

20 DE NOVEMBRO
Uns vêem mais perfeitamente que outros a essência de Deus

Ainda há diferença de estrela para estrela em claridade (1Cor 15, 41).

I. Entre os que vêem a Deus em sua essência, um o verá mais perfeitamente que outro. Com efeito, isto não se verificará mediante uma semelhança de Deus, mais perfeita em um que em outro, pois esta visão não se realizará por meio de semelhança, senão que esta diferença provém de que o entendimento de um receberá maior capacidade que o de outro. Portanto, a faculdade de ver a Deus não é um dos dotes naturais da inteligência criada, senão que resulta do lumen gloriae (luz da glória), que constitui o entendimento em uma espécie de deificação.

Por isso, a inteligência que mais participe desse lumen gloriae verá mais perfeitamente a Deus.

Pois bem, participará mais desse lumen gloriae o que tiver mais caridade; porque o que possui maior caridade possui mais intenso desejo; e o desejo dá, em certo modo, mais aptidão e capacidade para receber o objeto desejado. Em consequência, o que tenha mais caridade verá mais perfeitamente a Deus e será mais bem-aventurado.

-S. Th. Iª, q. 12, a. 6

II. Como o fim corresponde proporcionalmente às coisas ordenadas a esse fim, é mister que assim como algumas coisas se ordenam de diversa maneira a ele, também participem dele diversamente. Pois bem, a visão da substância divina é o fim último de toda substância intelectual. Mas nem todas as substâncias intelectuais se preparam igualmente para o fim, pois umas são de maior virtude e outras de menor capacidade. Porém a virtude ou capacidade é o meio ou a senda para a felicidade. Logo, é necessário que exista diversidade na visão divina, quer dizer, que uns vejam mais perfeitamente e outros menos perfeitamente a substância divina.

Por isso, para assinalar esta diferença de felicidade, diz o Senhor: Na casa de meu Pai há muitas moradas (Jo 14, 2). Com isto se condena o erro dos que sustentam que todos os prêmios são iguais. Mas se no modo de ver há diversidade de graus de glória nos bem-aventurados, também por razão do que se vê, resulta a mesma glória. Pois a felicidade de quem quer que seja consiste em ver a substância de Deus; é o mesmo Deus o que faz bem-aventurados a todos, porém nem todos recebem igualmente d'Ele a bem-aventurança.

Isto não contradiz o que o Senhor ensina em São Mateus (20, 1-16), que se há de dar o mesmo salário, quer dizer, denário, a todos os que trabalham na vinha, apesar de que nem todos trabalharam igualmente; porque uma só e mesma coisa, Deus, é o que se dá a todos como recompensa: ver a Deus e disfrutar d'Ele.

Contra Gentiles, l. IV, c. 58
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