Rafael Borges on Nostr: A defesa da escala 6x1, de domingo à domingo — erroneamente dizem que é de ...
A defesa da escala 6x1, de domingo à domingo — erroneamente dizem que é de segunda à sábado, um erro —, só é defendida por um tipo de gente --> o sujeito que nunca trabalhou nesse tipo de escala. Mas o que assusta é que vemos o prenúncio de uma horda de idiotas, assim procuro pensar mais sobre o futuro:
É uma escala que existe unicamente para manter o funcionário sobre condição perpétua de inferioridade moral por falta de tempo para o autodesenvolvimento, requer que o sujeito esteja disponível a todo o momento para que possa ser escalado de forma arbitrária a fim de que o quadro de funcionários não seja maior, assim reduzindo os gastos das empresas. O cidadão entra na expectativa de permanecer por um ano até juntar um dinheiro suficiente para investir em si a fim de progredir, porém se vê sem escolha pois não obtém experiência agregadora no currículo e não obtém tempo livre para investir em algum curso técnico ou em uma faculdade, assim acaba por permanecer por cinco ou seis anos escravo dessa escala. Ocorre que se queremos um país no qual os trabalhadores possam escalar socialmente e progredir, de maneira que possam dar educação verdadeira para seus filhos em emancipação aos desensinos de Estado, essa escala tem que ser abolida, seja por via do fim da CLT + reforma tributária ou seja por alguma medida paliativa até que seja possível o fim da CLT + reforma tributária.
Em contrapartida aos defensores dessa escala, que criam o mito de que todos os empresários do Brasil são honestos, há muito empresário sacana e aproveitador, de fato. Não é difícil encontrar propostas de freelance na internet com carga horária vasta e pagamento irrisório, algo análogo ao trabalho escravo. Em realidade é visível que muitos que defendem a escala 6x1 também defenderiam o retorno da escravidão com o argumento de que os grandes feitos da humanidade ocorreram através da escravidão, e que sem ela inexiste desenvolvimento, inclusive é minha aposta para daqui uns anos, com o fim da empregabilidade por causa da mecanização e algocização do trabalho muitos tentarão se livrar do antidinheiro fiat CBDC através de serviços escravos em troca de alimento, água e moradia, somente para fugir da ditadura antidinheiro.
Vemos aí um processo de destruição da moral do trabalhador, no qual o próprio sistema legacy trabalha a favor. Nisso vemos o prenúncio do futuro ---> "quer ter dignidade? Ora, seja escravo."
Esses, no futuro, não pensarão em juntar dinheiro para construção de comunidades agrícolas tal como as dos amishes, em exemplo, recorrerão ao trabalho escravo e à humilhação, e nem mesmo será por satoshis pois seria burrice um senhor de escravos dar fragmentos de liberdade para aquilo que é de sua propriedade, será por pão mesmo. Haverá a possibilidade do indivíduo ser escravo privado ou um escravo público dependente do CBDC.
Mas retornando à escala 6x1, inexiste chance de progresso nela. Um sujeito que depende dela está condenado a despender seu único tempo livre para resolver pendências pessoais, limpar a casa, fazer compras, lavar o carro ou a moto e tirar um descanso, algo que não terá por mais seis dias. Até mesmo os laços pessoais diminuem, pois esse sujeito não poderá ir no churrasquinho num domingo com a família ou ver um jogo de futebol com os amigos, e quem é casado sofre pois no único dia livre o cidadão tem que aguentar a esposa em casa e corre grandes riscos de ser chifrado devido o pouco tempo em casa.
Curiosamente, a maioria das mulheres que conheci e que trabalham com essa escala por longos anos ficam legadas à relacionamentos ruins com sujeitos com salários ruins e pouca base de educação formal, pois mesmo elas não possuem tempo para investir em dotes que seriam bastante úteis na formação dela a fim de haver escalabilidade, além de que ao casarem e se tornarem mães o emprego torna-se uma tortura devido o pouco para resolver problemas envolvendo os filhos e para organizar o lar. É provado que o burnout, desgaste mental, desgaste físico, depressão, sedentarismo, alimentação ruim e afins são constantes para quem trabalha com essa escala.
Somente um cidadão muito ignorante é capaz de defender essa escala partindo da premissa que o sujeito tem que gostar de trabalhar MESMO se por condições de escravidão, e como falei, é prenúncio do futuro, no futuro haverá retorno explícito dos defensores de trabalho escravo.
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