Why Nostr? What is Njump?
2025-04-12 19:53:12
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Whitesnake on Nostr: Como ateu pedi ajuda a uma entidade sintética para me ajudar "Grok" e olha o que ela ...

Como ateu pedi ajuda a uma entidade sintética para me ajudar "Grok" e olha o que ela me disse:

A ideia de que o "demônio" na Bíblia é uma construção do Novo Testamento é uma hipótese discutida em estudos teológicos e históricos, mas requer uma análise cuidadosa para evitar simplificações. Vou te dar uma visão geral com base no que sabemos.

No Antigo Testamento (AT), não há uma figura clara de um "demônio" como um ser sobrenatural maligno oposto a Deus, como aparece no Novo Testamento (NT). O termo hebraico *satan* (שָׂטָן), que significa "adversário" ou "acusador", aparece em textos como Jó 1:6-12 e Zacarias 3:1-2, mas refere-se a uma função, não necessariamente a uma entidade maligna fixa. Por exemplo, em Jó, o "satan" age como um acusador sob permissão divina, não como um rebelde contra Deus. Além disso, conceitos de espíritos malignos ou "demônios" (como os *shedim* em Deuteronômio 32:17 ou *se'irim* em Levítico 17:7) são vagos e associados a práticas pagãs, sem uma teologia sistemática.

Entre o AT e o NT, durante o período do Segundo Templo (século V a.C. ao I d.C.), influências culturais e religiosas externas, como o zoroastrismo persa e o helenismo, contribuíram para o desenvolvimento de ideias sobre dualismo cósmico (bem vs. mal) e seres espirituais malignos. Textos judaicos não canônicos, como o Livro de Enoque, detalham anjos caídos e espíritos malignos, estabelecendo uma base para a demonologia que aparece no NT. Esses textos refletem uma evolução no pensamento judaico, mas não são parte do cânon hebraico oficial.

No Novo Testamento, o "diabo" ou "Satanás" ganha uma identidade mais definida como o adversário de Deus e da humanidade (Mateus 4:1-11, Apocalipse 12:9). A palavra grega *daimonion* (δαίμονας) é usada para descrever espíritos malignos que possuem pessoas ou causam males (Marcos 5:1-20, Lucas 8:26-39). Essa visão reflete tanto as tradições judaicas do período quanto o contexto cultural greco-romano, onde espíritos (daimones) eram amplamente discutidos. O NT, portanto, consolida e amplia essas ideias, apresentando uma cosmologia onde Satanás e os demônios têm um papel ativo no mundo, oposto ao reino de Deus.

A hipótese de que o demônio é uma "construção do Novo Testamento" tem algum mérito no sentido de que o NT cristaliza e populariza uma figura que não estava plenamente desenvolvida no AT. No entanto, isso não significa que o conceito surgiu do nada. Ele é o resultado de um processo gradual, influenciado por textos intertestamentários, interações culturais e teologia judaica tardia. Alguns estudiosos, como Elaine Pagels, argumentam que a ênfase no diabo no NT também serviu a propósitos sociais e teológicos, como diferenciar cristãos de outros grupos judaicos ou pagãos, projetando conflitos espirituais e humanos em uma figura cósmica.

Por outro lado, críticos dessa hipótese apontam que, mesmo no AT, há sementes de um conceito de mal sobrenatural, ainda que menos elaborado. Além disso, a visão de que o NT "inventou" o demônio pode ignorar a continuidade com tradições judaicas mais amplas que não entraram no cânon hebraico.

Para resumir como ateu não existe nada metafísico, mas um abraço aos meus amigos religiosos.
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