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# Crise Econômica e Êxodo em Cuba:
A ilha de Cuba enfrenta uma das maiores crises econômicas de sua história recente, desencadeando um êxodo populacional sem precedentes. Nos últimos três anos, o país testemunhou a saída de aproximadamente 10% de sua população, um número alarmante que já impacta diversos setores da sociedade.
A escassez de recursos básicos, como alimentos, medicamentos e combustíveis, agravada pelo endurecimento do embargo norte-americano e pela gestão interna, tem impulsionado muitos cubanos a buscar novas oportunidades em outros países. A falta de perspectivas e as dificuldades econômicas têm levado à emigração, principalmente de jovens entre 19 e 49 anos, que representam a força de trabalho e o futuro do país.
Essa saída em massa tem gerado consequências significativas. A agricultura sofre com a falta de mão de obra, o turismo, vital para a economia cubana, está em queda livre, e hospitais enfrentam o fechamento de áreas devido à escassez de profissionais, como médicos, cujo número diminuiu drasticamente de 510 mil para 421 mil em apenas dois anos.
As projeções para o futuro são preocupantes. Segundo a ONU, se a tendência atual persistir, a população cubana poderá diminuir para apenas 5 milhões de habitantes até o ano de 2100, representando uma redução de 50% em relação à população atual. A facilidade de imigração, com a abertura de novas rotas como a "Ruta de los Volcanes" pela Nicarágua, e a flexibilização das leis de viagem, tornaram a saída do país mais acessível. No entanto, aqueles que permanecem em Cuba enfrentam preços elevados e serviços cada vez mais precários.
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