Bellator Vult on Nostr: Apresenta bons pontos, substanciando minha exposição. As tais reduções são ...
Apresenta bons pontos, substanciando minha exposição.
As tais reduções são voláteis e temporárias, costume tão antigo que somente alguns casos são normatizados. Seu exemplo, “Olhe, você vai ver!” → “Ó, cê vai vê!”, a meu ver, entende-se mais como dialeto ou subdialeto, algo comum e esperado, servindo como tempero lexical, sem precisar de extravagâncias reformistas.
Já as notas rápidas, sabidamente conhecidas como taquigrafia (rabiscos, sinais, símbolos, etc.), todo idioma tem. São personalismos de usuários ou grupos funcionais bem restritos, e, quando de uso comum, geram mais problemas do que soluções. A taquigrafia de décadas atrás nem é sequer lembrada hoje.
Veja a maravilha da língua portuguesa: não só consegue aceitar tudo isso, como também estrangeirismos, a ponto de acomodá-los, aportuguesando-os. Veja a palavra “foottball → futebol” como exemplo.
Já a redução de acentos, pontuação, perda de conjugações ou simplificação de regras é pura beocidade pedagógica e causa danos irratificáveis psíquica, sociais e materiais.
Não vejo problema em usar a língua portuguesa de forma mais bairrista e ordinária, pois aí está sua magnificência: ela o permite, por ser um idioma rico. Tirar elementos dele o empobrece, tornando-o rígido e sem essa moldabilidade.
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