Why Nostr? What is Njump?
2025-02-05 23:40:04

Bellator Vult on Nostr: Ei, psiu! Dá uma bizoiada no meu artigo novo, deu um trabalhão, mas valeu cada ...

Ei, psiu! Dá uma bizoiada no meu artigo novo, deu um trabalhão, mas valeu cada segundo. Bora ver um cadin de economia e de como o Titanic Fiscal Brasileiro está afundando. Ou vai ficar aí fingindo que está tudo bem enquanto o iceberg se aproxima?
Blog: O Titanic Fiscal Brasileiro https://bellator-vult.npub.pro/post/o-titanic-fiscal-brasileiro-0y9akr/

Se você achava que o Brasil já tinha atingido o fundo do poço em termos de gestão fiscal, prepare-se para uma surpresa: o poço tem subsolo. O estudo “Projeções Fiscais e Orçamentárias: O Desafio das Despesas Discricionárias”, elaborado pela Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira (Conof) da Câmara dos Deputados, é um retrato nada animador do futuro das contas públicas brasileiras. E, como todo bom retrato de família, é feio, mas é o que temos.

O Barco Está Afundando, mas o Capitão Continua no Churrasco

O estudo começa com uma premissa básica: o Regime Fiscal Sustentável (RFS), aquela joia rara da Lei Complementar nº 2002024, está prestes a naufragar. A ideia era simples: limitar o crescimento das despesas primárias para evitar que o país virasse um PIB de mentirinha com uma dívida pública de verdade. Só que, como tudo na República do Brasil, a teoria é linda, mas a prática é uma tragédia.

O problema central é o espaço para despesas discricionárias, ou melhor, a falta dele. Enquanto as despesas obrigatórias (aqueles gastos que o governo não pode cortar, como aposentadorias e salários) continuam crescendo como erva daninha, o espaço para investimentos em áreas como saúde, educação e infraestrutura está diminuindo mais rápido que copo de um certo pinguço. O estudo projeta que, a partir de 2027, o governo vai ter que escolher entre pagar as estravaJanjas da Alvorada ou investir em hospitais — obviamente a estravaJanja.

As Pressões: Quando o Salário Mínimo Vira um Pesadelo

O estudo lista uma série de pressões que estão esmagando o orçamento. A primeira delas é o aumento do salário mínimo, que, pasmem, não é só uma boa notícia para os trabalhadores. Ele impacta diretamente benefícios como o RGPS, o BPC, o seguro-desemprego e o abono salarial. Em 2025, o salário mínimo subiu de R\( 1.509 para R\) 1.518. Parece pouco, mas quando você multiplica isso por milhões de beneficiários, o resultado é um rombo de R$ 32,8 bilhões. É como se o governo tivesse comprado um apartamento na praia e descobrisse que a taxa de condomínio é em dólar.

E não para por aí. O estudo também aponta a necessidade de suplementações orçamentárias para programas como o Auxílio-Gás e o Pé-de-Meia. No caso do Pé-de-Meia, o Tribunal de Contas da União (TCU) já deu o veredito: o governo não pode usar recursos de fundos sem autorização orçamentária. Ou seja, o programa que deveria ajudar estudantes do ensino médio agora é mais um furo no bolso do contribuinte. Parabéns, 3 meses de curso de economia valeram a pena, né, Senhor Ministro da Economia!

Os Alívios: Um Band-Aid num Ferimento de Bala

Claro, nem tudo está perdido. O estudo aponta algumas fontes de alívio, como o aumento do limite de despesa primária do Poder Executivo (R\( 12,4 bilhões) e as economias geradas pelo **pacote fiscal Brasil Mais Forte** (R\) 10,4 bilhões). Mas vamos ser sinceros: isso é como tentar apagar um incêndio florestal com um copo d’água. O pacote fiscal, aliás, é uma piada pronta. Ele promete economias, mas, na prática, é mais um remendo mal costurado em um sistema que já está caindo aos pedaços.

O estudo ainda menciona que o pacote foi “excessivamente tímido” em relação à desvinculação de despesas. Traduzindo: o governo mexeu onde não doía e ignorou os problemas reais. Enquanto isso, a PEC Alternativa, a qual o estudo menciona, propõe medidas mais robustas como a desindexação de despesas e a limitação de supersalários, continua engatinhando no Congresso. Ou seja, enquanto o Titanic afunda, Brasília está discutindo como as lagostas serão marinadas.

O Futuro: Um Cenário de Terror (Sem Pipoca)

As projeções para o período de 2025 a 2034 são de cortar o coração — ou o bolso, dependendo de quem está lendo. O estudo mostra que, a partir de 2027, o espaço para despesas discricionárias vai encolher tanto que o governo vai ter que escolher entre pagar os funcionários públicos ou manter os hospitais abertos — Olá Correios! Ou, se der bobeira, nenhum dos dois.

O piso de investimentos de 0,6% do PIB, que já é baixo, vai consumir boa parte do pouco espaço que resta. E o pior: o estudo alerta para o risco de um “desligamento” (shutdown) da máquina pública. Sim, aquela coisa que acontece nos EUA quando o Congresso não aprova o orçamento. Só que, no Brasil, o shutdown não vai ser por falta de acordo, mas por falta de dinheiro mesmo. Imagine o caos: escolas fechadas, hospitais sem médicos, e o Congresso ainda tentando aprovar um aumento de salário para os parlamentares.

Dívida pública brasileira, então? Vixe, vai ser uma explosão nuclear. Anota aí: vai entrar pra história.

Conclusão: O Brasil Precisa de um Milagre (ou de um Novo Governo)

O estudo da Conof é um alerta vermelho para o país. Sem medidas estruturais sérias, o Brasil vai continuar navegando em águas turbulentas, com um barco cheio de furos e um capitão que insiste em ignorar o iceberg à frente. A PEC Alternativa é uma luz no fim do túnel, mas, como tudo no Brasil, depende da vontade política de quem está no poder. E, convenhamos, vontade política é algo que anda em falta por aqui.

Enquanto isso, o contribuinte continua pagando a conta de um sistema que parece ter sido projetado para falir. O estudo termina com uma mensagem clara: ou o país faz reformas profundas, ou o futuro será uma sucessão de crises fiscais. E, no ritmo em que as coisas estão indo, o futuro já começou.

Então, se você ainda acredita que o Brasil vai recuperar-se, talvez seja hora de repensar. Ou, pelo menos, garantir que você tem um bom fundo e, em alguns casos, seguro de vida — porque o barco está afundando, e nem todos vão conseguir um lugar no bote.


E por falar em reformas, minha preferência pessoal vai para a PEC 72020, uma proposta que considero mais salubre e alinhada com as necessidades estruturais do país. A PEC 72020 traz medidas robustas para conter o crescimento dos gastos públicos, com foco na desvinculação de despesas e na revisão de benefícios fiscais, além de propor uma reforma administrativa que promove maior eficiência e transparência na gestão pública. Se você se preocupa com o futuro fiscal do Brasil e acredita que é possível fazer mais com menos, convido você a conhecer a PEC 72020 e entender por que ela pode ser a chave para um orçamento público mais sustentável. Afinal, reformas profundas exigem propostas ousadas — e a PEC 72020 é exatamente isso.


REFERÊNCIAS

CÂMARA DOS DEPUTADOS. Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira. Projeções fiscais e orçamentárias: o desafio das despesas discricionárias. Brasília, 2025. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/estudos/2025/ET_042025_0204Projeesfiscaiseoramentriasodesafiodasdespesasdiscricionrias.pdf. Acesso em: 05 de fev. 2025

BRAGANÇA, Luiz Orléans e. Reforma e alinhamento tributário: a opção pelo progresso. 2023. Disponível em: https://lpbraganca.com.br/reforma-alinhamento-tributario-opcao-progresso/. Acesso em: 05 de fev. 2025

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