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# A cada oito dias, um idoso é morto no Japão por um membro da própria família:
O fenômeno do "Care Killing" no Japão é uma questão alarmante que reflete a profunda crise do envelhecimento populacional no país. Nos últimos anos, a situação se agravou, especialmente após a pandemia de COVID-19, que intensificou o isolamento social e a pressão sobre os cuidadores. Entre 2011 e 2021, foram registrados 443 casos de mortes relacionadas a essa crise, o que significa que, em média, um idoso é assassinado por um membro da família a cada oito dias.
Esses casos muitas vezes envolvem não apenas o assassinato do idoso, mas também o suicídio do cuidador, que se vê sobrecarregado por uma carga emocional e financeira imensa. A professora Etsuko Yuhara, especialista em bem-estar social, destaca que muitos cuidadores enfrentam um estresse contínuo, exacerbado pela falta de apoio e recursos adequados. A sociedade japonesa está começando a reconhecer a gravidade dessa situação, e há um crescente clamor por mais iniciativas que ofereçam suporte a esses cuidadores, como programas de assistência e grupos de apoio.
Além disso, a mídia japonesa tem abordado o tema, trazendo à tona histórias pessoais que ilustram a dor e a luta enfrentadas por aqueles que cuidam de parentes doentes. Documentários e reportagens têm ajudado a aumentar a conscientização sobre a necessidade urgente de reformar o sistema de cuidados para idosos, a fim de prevenir essas tragédias.
#Obs: Sobre a foto acima:
O local onde um homem jogou sua esposa, ainda em cadeira de rodas, no mar, após cuidar dela por cerca de quatro décadas, é visto em Oiso, Prefeitura de Kanagawa, em 5 de abril de 2023. O homem disse: "Eu queria que morrêssemos juntos, mas não consegui." (Mainichi/Hitoshi Sonobe)
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