Adoro estas notícias parciais dos jornais:
«O salário mínimo mensal deverá aumentar de 30.000 para 70.000 nairas (cerca de 39,60 euros) assim que o Presidente Bola Ahmed Tinubu concordar com o projeto de lei, que foi rapidamente aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Representantes.
O custo de vida disparou quando Tinubu pôs fim a um dispendioso subsídio aos combustíveis e facilitou os controlos cambiais, após a sua tomada de posse em maio do ano passado.
A inflação atingiu um máximo histórico de 34,19% em junho, com a inflação alimentar a ultrapassar os 40,87%, segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas.» - Jornal de Negócios
Será que o custo de vida só disparou em maio do ano passado?
Será que a culpa foi o fim do subsídio dos combustíveis?
É claro que ajudou, mas será essa verdadeira razão do colapso económico da Nigéria.
O que querem dizer com "facilitou" os controlos cambiais?
Como podem dizer que facilitou, pelo contrário, estão cada vez opressivos.
A crise acentou-se foi na tentiva de forçar as pessoas a utilizarem a CBDC, as pessoas não querem. Foi as políticas de limitar os saques de notas nos ATM, que agravou a crise. Houve corridas bancárias. Foram as rigidas políticas de controlo de capitais e de liberdade, que agravaram a crise.
Em finais de Março de 2023:
"In Nigeria, citizens have taken to the streets to protest the nation’s cash shortage, further objecting to their government’s implementation of a central bank digital currency (CBDC). The shortage came about due to cash restrictions aimed at pushing the country into a 100% cashless economy. Yet, instead of adopting the CBDC, Nigerian protesters are demanding paper money be restored."
E no artigo do Jornal de Negócios, nenhum comentário à impressão de dinheiro pelo banco central.
Uma queda tão acentuada no câmbio, num periodo tão curto, certamente não foi gerado pelo fim do subsídio.
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/nigeria-duplica-o-salario-minimo-para-396-euros-apos-aumento-do-custo-de-vida
https://www.cato.org/commentary/nigerians-rejection-their-cbdc-cautionary-tale-other-countries