Domini on Nostr: A crise do cinema woke --- Branca de Neve decreta o fim do cinema decolonial de ...
A crise do cinema woke --- Branca de Neve decreta o fim do cinema decolonial de massa… por enquanto
A recepção do live action de Branca de Neve e os Sete Anões, o filme Branca de Neve, foi negativa tanto para a crítica como para os demais que assistiram ao filme. Atualmente o filme possui avaliação de 1,7 no IMDb, baixíssima não somente aos padrões dos live actions produzidos recentemente pela Disney, marcados por tentativas de reinvenções e adaptações às pautas progressistas vigentes nos tempos presentes.
A respeito do fracasso da obra podem ser abordadas duas vias da problemática: a primeira trata da obra em sua particularidade, isso insere as suas alterações no enredo e nas características pessoais da protagonista quanto a personalidade e significado de suas ações, agora moldada, a personagem Branca de Neve, na sanha ideologizante da — autodeclarada como alguém que detesta o sentido do filme de 1937 — atriz Rachel Zegler, pautada no feminismo radical e na militância socialista. Dentre essas alterações, a primeira age na etnia da personagem, que originalmente alemã, agora se encontra na pele de uma atriz hispano-americana, não mais o hipocorístico (o nome simbólico) referente à característica física dela, mas a uma conveniência de roteiro para manter uma justificativa sobre o mesmo hipocorístico “Branca de Neve”, no caso sobre ter nascido em uma nevasca forte. O que era uma personagem inocente, frágil, humilde e que possuía como qualidades a capacidade de tornar belo o ambiente e a vida dos demais em seu entorno, como evidenciado na sua relação leal e ressignificadora com os sete anões, torna-se na nova obra uma suposta líder nata, independente, forte e astuta, em total dissonância ao que torna a Branca de Neve uma heroína diferente do padrão, isso é, a proposta de a “empoderar” retirou o que mais havia de positivo na personagem, que é a capacidade de manter-se resiliente e transformar o seu externo perante as crises.
A cena qual a Branca de Neve, em vez de mostrar seu valor por via da humildade, se colocando a fazer os deveres domésticos dos sete anões para manter-se sobre o teto deles, e encarando esses deveres de forma positiva para que no processo transforme a vida desses personagens, os impõe simpaticamente ordem de forma tirânica por supostamente ser uma “líder nata” com potencial desenvolvido desde a formação, foi amplamente publicada nas redes sociais como uma redução da subversão da personagem, levando muitos (corretamente) ao desagrado com os rumos que o modelo woke de construção de enredos e personagens vem tomando, expondo a agenda progressista, em sua natureza subversiva, como um verdadeiro problema de caráter destrutivo nas artes e na indústria do entretenimento. A Branca de Neve não mais possui o heroísmo próprio baseado na transformação e na resiliência, mas pautada na derrota de uma vilã somente. Ora, pode ser dito que houve mudança na vida dos que a acompanham em sua jornada, porém essa ocorre de forma acidental por via da imposição de ordem em contravenção às normas impostas a ela, não partindo mais da inocência e pureza da mesma em busca da ressignificação e transformação pelo amor.
Se a obra seguisse a risca o desejo de alguns que nela trabalharam, nisso inclui-se a radfem e pró-Hamas, Zagler, não haveria príncipe na história, e como houve um o mesmo foi diminuído da sua posição heroica, transformado em uma figura irrisória e idiotizada por certos momentos, um padrão nas obras guiadas pela ideologia progressista, o que obriga os roteiristas a tornar as protagonistas femininas em personagens Mary Sue, isso é, em heroínas perfeitas sem processos de falhas e acertos, sem mestres, sem lições, o que gera disrupção na conexão e assimilação do “self”, de nós mesmos, com essas personagens.
A segunda via da problemática trata do fenômeno de expansão das produções woke no cinema, uma questão pertinente que satura o público e agrada somente uma parcela diminuta da sociedade que possui admiração pela teoria crítica pós-marxista. O fato passa pela má compreensão do entretenimento remodelado ao progressismo liberal de esquerda, muitos de seus críticos acusam a indústria de querer lucrar, ocorre que o foco nunca foi o lucro, mas sim a destruição gradual do modelo heroico ocidental mais o reordenamento das artes a partir da alteração bruta dos alicerces lúdicos da indústria cultural. O wokismo não possui a preocupação de entreter, mas de se tornar tão impositivo a ponto do indivíduo comum não ter opção de entretenimento além daquilo que é de acordo com o progressismo liberal de esquerda. A má qualidade, não da produção, mas da construção do enredo, do mundo e dos personagens, é parte da cartilha destrutiva, para aqueles que são adeptos das ideologias subversivas, muitas das vezes esses são estruturalistas ou pós-estruturalistas, atribuem qualidade a essas obras exatamente por seu caráter subversivo, ou seja, quando mais subverte o sentido original para eles melhor é.
Essa relação dialética qual existe sobre a contradição entre as qualidades da obra, entre a natureza da arte e os sentidos, é o que torna o cinema woke ainda vivo e forte, por enquanto. Porém a indústria opera com dinheiro e é alimentada pelo dinheiro, se essa não vive dos subsídios estatais sumamente necessita corresponder positivamente o público por questões praxiológicas (referentes ao comportamento do público em relação às obras), pois nesse caso a arte porta-se como produto uma vez que a finalidade do público — não da obra — ao ver o filme é de se entreter. Isso é uma característica que não pode ser alterada pelos roteiristas, produtores, diretores, atores e afins, a lógica qual rege os tempos da “alta informação” é a mesma que trabalha com o engajamento, com a propaganda e a venda de experiências, essa condição presente em nosso zeitgeist é maior e mais impositiva do que qualquer interesse sórdido de bolhas ideologizantes, esse fato resultará — logicamente — na queda gradual da produção de filmes pautados no progressismo, pois se esses não cumprem o papel de entreter o público (conforme o interesse do público) o dinheiro se tornará mais escasso, então há a solução vindoura: inserir a pauta woke de forma subliminar, implícita, como visto, por exemplo, no live action de Pinóquio, em que uma obra que abordava sobre a necessidade de termos a disciplina como principal motor de nossas escolhas para que não tomemos más decisões, assim para que evitemos as más escolhas, se tornou uma história de falsa aceitação da própria natureza e de influência da sociedade sobre nossas decisões de forma a retirar a responsabilidade das más escolhas tomadas a partir de nossas desobediências, será esse o novo padrão.
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Dentre essas alterações, a primeira age na etnia da personagem, que originalmente alemã, agora se encontra na pele de uma atriz hispano-americana, não mais o hipocorístico (o nome simbólico) referente à característica física dela, mas a uma conveniência de roteiro para manter uma justificativa sobre o mesmo hipocorístico “Branca de Neve”, no caso sobre ter nascido em uma nevasca forte. O que era uma personagem inocente, frágil, humilde e que possuía como qualidades a capacidade de tornar belo o ambiente e a vida dos demais em seu entorno, como evidenciado na sua relação leal e ressignificadora com os sete anões, torna-se na nova obra uma suposta líder nata, independente, forte e astuta, em total dissonância ao que torna a Branca de Neve uma heroína diferente do padrão, isso é, a proposta de a “empoderar” retirou o que mais havia de positivo na personagem, que é a capacidade de manter-se resiliente e transformar o seu externo perante as crises.\n\nA cena qual a Branca de Neve, em vez de mostrar seu valor por via da humildade, se colocando a fazer os deveres domésticos dos sete anões para manter-se sobre o teto deles, e encarando esses deveres de forma positiva para que no processo transforme a vida desses personagens, os impõe simpaticamente ordem de forma tirânica por supostamente ser uma “líder nata” com potencial desenvolvido desde a formação, foi amplamente publicada nas redes sociais como uma redução da subversão da personagem, levando muitos (corretamente) ao desagrado com os rumos que o modelo woke de construção de enredos e personagens vem tomando, expondo a agenda progressista, em sua natureza subversiva, como um verdadeiro problema de caráter destrutivo nas artes e na indústria do entretenimento. A Branca de Neve não mais possui o heroísmo próprio baseado na transformação e na resiliência, mas pautada na derrota de uma vilã somente. Ora, pode ser dito que houve mudança na vida dos que a acompanham em sua jornada, porém essa ocorre de forma acidental por via da imposição de ordem em contravenção às normas impostas a ela, não partindo mais da inocência e pureza da mesma em busca da ressignificação e transformação pelo amor.\n\nSe a obra seguisse a risca o desejo de alguns que nela trabalharam, nisso inclui-se a radfem e pró-Hamas, Zagler, não haveria príncipe na história, e como houve um o mesmo foi diminuído da sua posição heroica, transformado em uma figura irrisória e idiotizada por certos momentos, um padrão nas obras guiadas pela ideologia progressista, o que obriga os roteiristas a tornar as protagonistas femininas em personagens Mary Sue, isso é, em heroínas perfeitas sem processos de falhas e acertos, sem mestres, sem lições, o que gera disrupção na conexão e assimilação do “self”, de nós mesmos, com essas personagens.\n\nA segunda via da problemática trata do fenômeno de expansão das produções woke no cinema, uma questão pertinente que satura o público e agrada somente uma parcela diminuta da sociedade que possui admiração pela teoria crítica pós-marxista. O fato passa pela má compreensão do entretenimento remodelado ao progressismo liberal de esquerda, muitos de seus críticos acusam a indústria de querer lucrar, ocorre que o foco nunca foi o lucro, mas sim a destruição gradual do modelo heroico ocidental mais o reordenamento das artes a partir da alteração bruta dos alicerces lúdicos da indústria cultural. O wokismo não possui a preocupação de entreter, mas de se tornar tão impositivo a ponto do indivíduo comum não ter opção de entretenimento além daquilo que é de acordo com o progressismo liberal de esquerda. A má qualidade, não da produção, mas da construção do enredo, do mundo e dos personagens, é parte da cartilha destrutiva, para aqueles que são adeptos das ideologias subversivas, muitas das vezes esses são estruturalistas ou pós-estruturalistas, atribuem qualidade a essas obras exatamente por seu caráter subversivo, ou seja, quando mais subverte o sentido original para eles melhor é.\n\nEssa relação dialética qual existe sobre a contradição entre as qualidades da obra, entre a natureza da arte e os sentidos, é o que torna o cinema woke ainda vivo e forte, por enquanto. Porém a indústria opera com dinheiro e é alimentada pelo dinheiro, se essa não vive dos subsídios estatais sumamente necessita corresponder positivamente o público por questões praxiológicas (referentes ao comportamento do público em relação às obras), pois nesse caso a arte porta-se como produto uma vez que a finalidade do público — não da obra — ao ver o filme é de se entreter. Isso é uma característica que não pode ser alterada pelos roteiristas, produtores, diretores, atores e afins, a lógica qual rege os tempos da “alta informação” é a mesma que trabalha com o engajamento, com a propaganda e a venda de experiências, essa condição presente em nosso zeitgeist é maior e mais impositiva do que qualquer interesse sórdido de bolhas ideologizantes, esse fato resultará — logicamente — na queda gradual da produção de filmes pautados no progressismo, pois se esses não cumprem o papel de entreter o público (conforme o interesse do público) o dinheiro se tornará mais escasso, então há a solução vindoura: inserir a pauta woke de forma subliminar, implícita, como visto, por exemplo, no live action de Pinóquio, em que uma obra que abordava sobre a necessidade de termos a disciplina como principal motor de nossas escolhas para que não tomemos más decisões, assim para que evitemos as más escolhas, se tornou uma história de falsa aceitação da própria natureza e de influência da sociedade sobre nossas decisões de forma a retirar a responsabilidade das más escolhas tomadas a partir de nossas desobediências, será esse o novo padrão.\n\n",
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