Emily tem 28 anos e transmite quase tudo o que vive, 24 horas por dia, direto de sua casa em Austin, no <a href="http://revistaoeste.com/tag/texas"; rel="nofollow">Texas</a>. Desde 2021, são mais de 30 mil horas de streaming contínuo na plataforma Twitch, onde se apresenta como Emilycc. Só o banheiro escapa das câmeras. Tudo o mais – brigas, risos, jantares, crises emocionais – está disponível para quem quiser assistir.
Ela começou em 2016, depois do incentivo de um ex-namorado. Na época, vivia em https://revistaoeste.com/tag/nova-york/
, ganhava pouco como caixa de supermercado e passava o tempo vendo o parceiro jogar. No primeiro dia, ninguém assistiu. No segundo, um seguidor apareceu. Hoje, são cerca de 6 mil assinantes fiéis, que pagam US$ 6 por mês para acompanhar sua vida. O valor bruto soma algo próximo de R$ 28 mil mensais. Não é um salário milionário, mas suficiente para sustentar alguém que, nas palavras de críticos, “não faz nada”.
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Mas fazer “nada” demanda muito. Emily não tira férias, nunca se afastou por doença e recusa convites sociais para manter a audiência. Seu número de seguidores, que já passou de 22 mil, oscila conforme o nível de envolvimento e exposição. Se o conteúdo esfria, o faturamento cai. O corpo e a mente, portanto, fazem parte do produto — e precisam funcionar o tempo inteiro.
Quem é a streamer Emily, do Texas
Reportagem publicada na https://revistaoeste.com/revista/edicao-268/
da Revista Oeste mostra que a rotina de Emily é monótona e caótica ao mesmo tempo. Ela aparece mal-humorada com uma gripe, joga games violentos, come tacos apimentados, reclama dos preços de salão, passeia com o cachorro Panda e conversa com a amiga Casey. Tudo ao vivo, com centenas de pessoas acompanhando. Quando sai de casa, a câmera vai escondida na mochila para evitar revelar o endereço. Mesmo com a tela preta, a audiência cresce.
O paralelo com O Show de Truman, filme de 1998 estrelado por Jim Carrey, é inevitável. Mas há uma diferença fundamental: Truman era vigiado sem saber. Emily escolheu esse caminho. E foi além — transformou sua solidão num canal de conexão. Fala abertamente sobre as dores da vida, os traumas familiares e o luto pela cadela Snowy. Para muitos dos que assistem, ela é mais que entretenimento: é companhia.
https://www.youtube.com/watch?v=zPA9cnbGdIM
Emily cogita parar aos 30 anos, ou quando atingir US$ 1 milhão. Talvez nunca pare. Agora, vai lecionar na futura “Universidade do Streamer”, projeto do influenciador Kai Cenat. O mundo que ela representa pode parecer estranho para quem vive do lado de fora — mas, para milhares de solitários, é o mais próximo que se tem de um porto seguro.
Se você não entende como é possível passear com duas mulheres, um cachorro e um robô falante do outro lado do continente… talvez ainda não esteja pronto para o novo mundo.
Para ler a reportagem completa, clique https://revistaoeste.com/revista/edicao-268/o-show-de-emily/
. O conteúdo está disponível para assinantes da Revista Oeste.

Colagem de imagens das transmissões de Emily feita por fãs | Foto: Reprodução
O post https://revistaoeste.com/tecnologia/istreamer-i-transmite-sua-rotina-ha-3-anos-24-horas-por-dia/
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https://revistaoeste.com/tecnologia/istreamer-i-transmite-sua-rotina-ha-3-anos-24-horas-por-dia/