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2024-07-01 14:01:06

Rɑfɑ Borges ♱ on Nostr: Após as eleições parlamentares da União Europeia o mundo questiona o que vem ...

Após as eleições parlamentares da União Europeia o mundo questiona o que vem ocorrendo com a Europa, pois observa-se que está ruma para a direita política como reação proporcional negativa à tomada da esquerda política durante as últimas décadas. Os resultados surpreenderam quanto aos partidos que obtveram êxito no processo eleitoral: Nova Democracia (centro-direita) na Grécia, PP (centro-direita) na Espanha, HDZ (direita) na Croácia, CDU (centro-direita) na Alemanha, GERB (direita) na Bulgária, KOK (direita) na Finlândia, FPO (direita)na Áustria, FIDESZ (direita) na Hungria e RN (direita) na França.

Na França o presidente Emmanuel Macron dissolveu o parlamento e impôs novo processo eleitoral após a derrota do próprio bloco político-ideológico frente ao avanço do bloco liderado por Marine Le Pen, que disse estar preparada para assumir a presidência da França e combater Macron logo após os resultados das eleições serem postos em definitivo. Todos esses sinais são disparates de respostas às práticas de violência tomadas pelos grupos que regem as políticas dos Estados nacionais europeus — todas as categorias de violências inclusas: monetária, financeira (via legacy), demográfica, humanitária, sexual e religiosa.

Os povos da Europa já não estão mais confortáveis com os caminhos traçados pelas políticas anticivilizacionais exercidas pelas esquerdas, aos poucos as massas das novas gerações criam antipatias com as tendências hedonistas e materialistas das gerações recentes (boomer e millenial), acaba por ser lógico aceitar que existe um efeito, de certa forma hegeliano, de simpatismo por proporcionalidade negativa com ideologias e ideários supostamente antagônicos às ideologias e ideários do novo mundo traçado pelas vanguardas de uma nova organização dos povos do mundo, nisso inclui-se a tecnocracia, o transumanismo, a plurissexualização de caráter lascivo, o antinatalismo, anticatolicismo, bandeiras pró-substituição demográfica por via de imigrações massivas, em suma qualquer e quaisquer lampejos de projetos misantrópicos de sabotagem civilizacional para, enfim, derrubar uma civilização e, posteriormente, levantar uma nova sobre o mesmo solo.

Existe um problema a respeito dessa tendência de proporcionalidade negativa: não há um movimento grande de expressão pós-territorial, em “nuvem”, e plurinacional (portanto não essencialmente nacionalista) que levante os anseios populares por busca da defesa das tradições, existem apenas movimentos nacionalistas e movimentos liberais de falsa oposição, por um lado observa-se o estatismo protecionista com específicas influências chauvinistas, por outro um liberalismo ainda vinculado ao legacy e que, se alcançado o poder por parte esse bloco, vive sobre o julgo da prostituição política, entregando cabeças de aliados e descumprindo promessas firmadas com as massas.

Esses movimentos nacionalistas contemporâneos, não necessariamenre chauvinistas apesar de portarem influências chauvinistas em alguns casos, são destinos de refúgio supostamente moral por aqueles que fogem do woke e da agenda anticivilizacional. Estes que buscam refúgio ainda mantém a crença de que o Estado nacional é o único corpo capaz de combater o avanço do processo de degradação do ser incitada pelo sabotamento geral promovido na civilização, ainda acreditam que a cultura e as tradições podem ser mantidas por via das políticas de Estado, da mesma forma que são destruídas intencionalmente, ignorando por completo a natureza subversiva no modelo de Estado nacional moderno.

A única via real de resistência, não apenas na Europa mas em todo o planeta (inclui-se Ocidente e também Oriente), partirá do localismo e da luta pela valorização das instituições orgânicas, como a Igreja Católica e as famílias, isso pois essa via consegue retroceder o integracionismo-regional e global moderno, humano-materialista, iniciado pelas revoluções liberais do passado e pelas derrubadas de reinos orgânicos católicos, que no passado deram lugar às monarquias absolutistas e iniciaram o processo aumento exponêncial do poder centralizador do Estado somado ao aumento do poder das elites após a queda do feudalismo ― findado por completo entre o século XIX e XX na Europa.

Ao observar o cenário constata-se que as populações de todo mundo não se preocupam em buscar a derrubada da estrutura política moderna e suas essências perversas, ou mesmo derrubar pelo menos os modelos liberais-maçônicos prevalescentes, mas mudar os personagens que ocupam cargos, isso pois os povos estão cegos pela lógica do sistema político moderno e tendem a crer que não exista, ainda, um controle em absoluto sobre tudo e todos, de forma tal o lado monopolizador da violência se consolide como um antifrágil perpétuo que possui como grande habilidade a criação de crises, seja dentro ou fora da esfera do poder aparente e visível. Ao trocar mandatários, o progressista pelo tradicionalista, oculta-se as tendências dialéticas da política moderna, que opera como um caminhar qual uma das pernas impulsiona o corpo para frente por via do atrito do pé com o chão, e outra perna flexiona-se para frente a fim de puxar o corpo e completar a passada, que em outras palavras, opera-se uma força destrutiva para o aumento do poder da força construtiva, e vice-versa ciclicamente, agigantando as forças que convergirão em um único bloco tecnocrata.

Sobre as alternativas percebe-se que não há honestidade nos discursos da terceira via global, geralmente centro-esquerda e centro-direita, quais usam de retóricas para imputar ideias desonestas sobre a real posição desses apontados, tal como se esses, da terceira via, estivessem distantes da dicotomia política moderna, quando na prática são frutos dessa lógica geral. Esses referidos são ardilosos e usam de uma dicotomia falsa para levar os poucos que “acordam” e abandonam essa falsa dicotomia para mantê-los sobre a lógica estatizeira e centralista da política moderna, assim se autodenominam como pragmatistas, como aqueles que defendem políticas pragmáticas e utilitárias, entretanto são um braço a torcer para as sanhas estatizeiras já cooptadas pelas elites, quais tanto dizem combater. Esses se dizem “nacionalistas”, àqueles que se dizem de direita os chamam de “melancias”, aqueles que se dizem de esquerda os chamam de “fascistas”, mas na prática são ainda ligados à centro-esquerda, que esporadicamente se desloca para a centro-direita. Na Europa, esses referidos, são mais relacionados ao “putinismo” e a idolatria política sobre a propaganda do futuro luminoso de glórias e liberdades da multipolaridade, insere-se no bolo o antiamericanismo, antissionismo, anticapitalismo, anticomunismo, e et ceteras.

Pois bem, a proporcionalidade relativa é dialetica hegeliana, pura e simples, que não deixa de ser inerente à natureza da política moderna, e que também fecha o campo de visão do ser já imerso nessa “realidade contida”, assim podemos explorar a outra cabeça da mesma hidra → o liberalismo. Eis cá a mais ardilosa fraude, tendo em vista que os liberais, ao assumirem o poder, não abdicam das regalias do poder, as usa em benefício próprio, contrariando assim as teorias gradualistas. Aplicam teorias econômicas salvacionistas, de certa forma coerentes com o sistema econômico preponderante ao tempo, já não voltado à minar o centralismo estatal, mas para salvar os bolsos das elites que parasitam os povos. Esses referidos, liberais, ao chegarem ao poder descumprem suas promessas, como exemplo no governo de Giorgia Meloni, que prometera desvincular-se aos perigos supranacionais da UE e em governo cedeu à esses autores da política sabotadora da UE. Claro, Meloni não é da linha liberal qual nós, brasileiros, estamos acostumados, mas observa-se o fato: não há por parte dessa uma única política descentralizadora.

A pegadinha sobre a suposta onda de direita reside na condição de finalidade no cerne das ações políticas dessa direita europeia, qual ainda mantém consigo o nefasto legado das revoluções do passado, porém sobre modalidade reacionária, ademais ainda permanece antropocêntrica, materialista e ainda compreende mal as questões voltadas à tradição e ao sagrado, e caso um dia compreenda, deixará de ser direita e sairá do espectro dicotômico da política moderna. Aqueles que vivem hoje no ciberambiente Nostr observam a saída real para a criação de uma alternativa efetiva a tudo isso que aí está em nível de parasitagem, só há um caminho e esse caminho é o abandono do legacy, enquanto a Europa, o Ocidente, o Oriente e os seres conscientes do Universo não compreenderem isso todos seremos escravos.

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